quarta-feira, 4 de abril de 2007

Quero. Posso. Mando.













Prosseguem as posições irredutíveis do governo em relação a assuntos de carácter sério. Teimam em fazer democracia segundo antigos hábitos ditactoriais. Porque só assim podemos adjectivar as posições do governo face aos assuntos do Metro do Porto e do Aeroporto da Ota.

Não sei porquê existe esta tendência para a concentração de poderes. O governo prepara-se para deter sob a sua alçada a gestão do Metro do Porto já em Maio próximo. Presumo que por trás desta sua intenção esteja algo mais do que a simples gestão eficiente da empresa. Iremos, mais uma vez, assistir a uma gestão de gabinete, a quilómetros de distãncia do terreno e com uma visão muito própria das coisas. Mas não contentes, ainda excuíram quaisquer hipóteses de os autarcas das cidades da Junta Metropolitana do Porto integrarem o conselho de administração. Desta forma, minimizam-se as hipóteses de haver pressões internas para o acelerar das obras de construção da linha de Gondomar, da Boavista e do pouco que falta da linha de Gaia, até Laborim.

A mim custa-me encaixar que no decorrer do séc. XXI exista tal tipo de atitude por parte de um governo da Europa ocidental, membro da UE. Tais movimentações são baixas, carecem de moral e só visam satisfazer os interesses dos governantes. Tomar uma atitude de irredutibilidade em relação a uma facção que pretende, a bem das populações, o início rápido das obras é uma forma estranha de fazer democracia. Tomar a empresa para si, excluindo as partes mais interessadas no processo, de qualquer poder de decisão já não sei o que é.

Em vez de termos uma democracia que desburocratize processos e que se satisfaça por haver pessoas com vontade de fazer com que estes se desenvolvam, o governo-lhe cria entraves. E faz as coisas de uma forma duvidosa e premeditada. Excluir as partes interessadas do processo de decisão é bloquear a democracia e impedir o país de se desenvolver.

2 comentários:

Anónimo disse...

Simplesmente mais uma atitude de centralismo desenfreado por parte do governo mais anti-Nortenho ,desde Salazar...

Não haverá por aí líderes de opinião que tomem o assunto em mãos e denunciem o estado de coisas a que chegamos?

O Norte que deu o nome ao país não passa hoje de um enteado da Capital!!

Anónimo disse...

Não, o norte é uma autêntica colónia de Lisboa.
Os mouro-lusitanos dominam os Galaicos, somos quase escravos deles.